Presidente da Fifa defende Mundial de Clubes e cita vitórias de times brasileiros
Gianni Infantino participou de entrevista coletiva ao lado de lendas do futebol mundial como Kaká, Ronaldo Fenômeno e Stoichkov

SBT Sports
Em entrevista coletiva concedida neste sábado (11), véspera da final da Copa do Mundo de Clubes, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, fez um balanço positivo da competição realizada nos Estados Unidos. O dirigente esteve acompanhado por ex-jogadores como Ronaldo, Kaká, Del Piero, Roberto Baggio, Stoichkov e Cambiasso.
“Foi um enorme, enorme, enorme sucesso. E digo isso por diferentes pontos de vistas. Estou aqui com essas lendas incríveis. Eles fazem nosso coração bater. Tem muitas coisas positivas, algumas negativas. Teremos 500 milhões de pessoas assistindo à final”, afirmou Infantino.
Questionado sobre as críticas de figuras como Jürgen Klopp e Javier Tebas, presidente da LaLiga, o mandatário da Fifa disse que esses posicionamentos não representam toda a opinião do futebol europeu.
“Acho que a primeira coisa que temos que dizer é que a opinião dos europeus não é que a Copa do Mundo é muito ruim para os clubes, isso não é verdade. Há grandes times aqui, ficaram felizes de virem para cá. Alguns times não puderam vir porque não se classificaram, alguns nos procuraram para tentar participar. Há vozes que fazem críticas negativas, nós respeitamos. Diferentes opiniões são importantes para todos. Eu, como presidente da Fifa, e eu tenho que falar coisas positivas e acredito nisso, mas temos pessoas aqui para falar.”
Ronaldo também comentou as críticas de Tebas e reforçou o discurso em defesa do torneio. “Eu vi só dois caras fazendo críticas sobre a Copa do Mundo de Clubes. Um deles odeia tudo que não é a Liga (Javier Tebas, presidente de LaLiga). O outro a gente respeita a opinião, mas eu penso que é o que o presidente falou sobre fatos e números.”
“O entusiasmo das pessoas, dos fãs e a qualidade dos jogos. Eu penso essa competição que foi um sucesso enorme. Nós tentaremos melhorar, estamos muito felizes de vermos nossos fãs felizes. Futebol é para os fãs. Acredito que fizemos um grande trabalho.”
Stoichkov também se posicionou contra os críticos da competição e defendeu o novo formato. “Quero falar dessa grande invenção, que foi a Copa do Mundo de Clubes. Em primeiro lugar: há muitas culturas diferentes, muita gente vem de vários países. Em outros anos, jamais poderia se pensar que tantos clubes poderiam jogar. Isso teria acontecido. É uma grande invenção que temos de acolher. Como disse Ronaldo, não gosto das críticas. Há críticas positivas. Nessa Copa, vi muita gente alegre, muita gente que queriam conhecer esse campeonato. Clubes que jamais em sua vida poderiam jogar isso.”
“Em algumas ligas europeias, alguns treinadores e jogadores se queixam, mas não estão aqui. Não estão vendo o que é o futebol. Estão de férias e criticando porque há muitos jogos. Quantos jogos estão jogando? A cada quatro anos, se jogam sete partidas. Na Europa, Champions League, Liga Europa, Liga das Nações, Copa das Confederações, Final Four e aí não reclamam. Ninguém reclamam.”
O ex-jogador ainda criticou duramente os detratores. “Tenho aqui um cara que jogou comigo no Barcelona. Jogamos quase 60 partidas, fomos ao Mundial e jogamos a Copa do Mundo de 1994 aqui nos Estados Unidos, Roby (Roberto Baggio) jogou em 94, e não tem problema. A mentalidade ganhadora tem que surgir em cada jogador e treinador. Temos que dar exemplo. As críticas não servem para nada, simplesmente servem para defender as nefastas coisas que estão fazendo. Os clubes recebem uma quantidade de dinheiro que é fundamental para os times que não estão aqui, porque nenhuma federação dá dinheiro a clubes que não estão aqui.”
Sobre a decisão entre Paris Saint-Germain e Chelsea, Infantino destacou o caráter global da final. “A final entre PSG e Chelsea reúne duas equipes incríveis, que perderam apenas um jogo cada. Chelsea perdeu para o Flamengo, PSG perdeu para o Botafogo. Para mim, o presidente da Fifa, esses dois times, que são dois grandes europeus, têm jogadores de cinco diferentes continentes. Cinco continentes estão presentes na final, e eles podem ganhar pela primeira vez a Copa do Mundo de Clubes da Fifa.”
O presidente da Fifa ainda ressaltou o equilíbrio da competição e o alcance de audiência e público nos estádios. “Times de seis diferentes continentes fizeram pelo menos um ponto. Times do México, dos Estados Unidos e da Arábia Saudita passaram. Al-Hilal eliminou o Manchester City, o que foi uma enorme surpresa.”
“Nenhuma liga no mundo, exceto a Premier League, tem média de 40 mil por jogo. O mundo está curtindo esse futebol de nível top. Top, top, top.”