Flaco López revela que acordou com barulho de bombas na Academia do Palmeiras
Centroavante relata susto com ataque de torcedores no CT pela madrugada

Jogada 10
A madrugada deste domingo (10) foi de tensão na Academia de Futebol do Palmeiras. Poucas horas antes da vitória por 2 a 1 sobre o Ceará, vândalos lançaram bombas e rojões contra o centro de treinamento do clube, acordando parte do elenco. Entre os jogadores afetados, o centroavante Flaco López relatou o incômodo e condenou a ação.
“Pessoalmente eu acordei na madrugada com isso, acho que é uma falta de respeito. Mas assim, cada quem tem a consciência do que faz”, declarou o atacante argentino, após a partida no Allianz Parque.
Flaco reforçou que, apesar do episódio, o elenco mantém o foco no trabalho e nas competições.
“A gente está tranquilo, vai continuar fazendo nosso trabalho, a gente vai falar dentro do campo. Não sabemos se foi torcedor, se não for torcedor então a gente não pode falar sobre isso. Temos um grande jogo agora pela Libertadores, temos muita coisa para nos preocupar antes disso”, completou.

Imagens das câmeras de segurança registraram pelo menos cinco indivíduos usando capuzes e capacetes, arremessando os artefatos explosivos no portão da Academia. Em nota, o clube informou que ninguém ficou ferido e que já mantém contato com a Polícia Civil para entregar as gravações. O Boletim de Ocorrência deve ser registrado nesta semana, já que a Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) não teve expediente neste domingo.
O técnico Abel Ferreira, questionado antes da bola rolar, limitou-se a comentar o episódio: “Lamento, é só o que tenho a dizer”.
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Palmeiras classifica como atentado terrorista
O Palmeiras classificou o episódio como um “atentado terrorista”, comparando-o ao ocorrido em outubro de 2024, quando um ataque na Rodovia Fernão Dias resultou na morte de um torcedor do Cruzeiro, episódio com participação de membros da Mancha Alviverde, maior organizada do clube e atualmente rompida com a diretoria.
O clima de tensão vem crescendo desde a última terça-feira, com protestos e faixas críticas contra o elenco, o técnico e a presidente Leila Pereira. A eliminação na Copa do Brasil ampliou a pressão, e novos protestos ocorreram nos arredores do Allianz Parque e da Academia de Futebol nos últimos dias.