Logo após tomar conhecimento de um suposto ato racista sofrido pelas atletas do Sport, durante a partida contra o Internacional pelo Campeonato Brasileiro Feminino A-1, nesta segunda-feira (31), em Porto Alegre, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adotou medidas imediatas.
A entidade encaminhou a documentação do caso à Procuradoria-Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e solicitou a abertura de um inquérito, além de uma punição preventiva ao clube gaúcho. A CBF pede que o Internacional seja obrigado a disputar três partidas com portões fechados, fora da capital gaúcha, até o julgamento do caso.
O episódio foi registrado pelas câmeras da TV Brasil. Nas imagens, é possível ver a quarta árbitra, Andressa Hartmann, recolhendo um pedaço de banana arremessado na direção do banco do Sport. O objeto foi incluído na súmula após reclamação das jogadoras.
“Vamos cobrar uma apuração rigorosa. Não existe mais espaço para racistas no futebol”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Em nota oficial, a entidade reforçou seu compromisso com o combate ao racismo, lembrando que foi a primeira confederação a implementar punições desportivas para casos de discriminação em seu regulamento.
Sport repudia agressão e cobra responsabilização
O Sport também se manifestou oficialmente sobre o ocorrido. Em nota, o clube classificou o ato como “covarde e racista” e disse que espera uma punição exemplar ao responsável.
“O Sport Club do Recife não tolera qualquer forma de discriminação ou preconceito e exige a punição exemplar do responsável. É inaceitável que, em pleno 2025, ainda sejamos confrontados com episódios como esse”, diz o texto.
O diretor de futebol feminino do clube, Alessandro Rodrigues, registrou boletim de ocorrência na delegacia ainda na noite de segunda-feira. O clube também garantiu total apoio às jogadoras e comissão técnica.