Ednaldo Rodrigues é eleito presidente da CBF; mandato vale até 2026

Ednaldo Rodrigues é o presidente definitivo da CBF. Candidato único por ter aglutinado apoio de quase todos os clubes e federações, o baiano de 68 anos foi eleito para o cargo com 137 votos dos 141 possíveis. Seu mandato começa agora e vai até março de 2026. Ele exercia o cargo interinamente desde agosto de 2021, quando ocupou o cargo de Rogério Caboclo, afastado em razão de denúncias de assédio sexual e moral contra funcionários da entidade.

"Que esta entidade seja dos filiados, das federações, dos clubes da Série A, da B, da C, da D, do futebol brasileiro. E que nenhuma interferência externa possa subjugar este trabalho. Neste momento, quero agradecer a todos vocês de uma forma penhorada, por esse apoio, por esse decisivo não ao preconceito. E dizer que, juntos, queremos construir um futebol brasileiro que seja de pureza, de transparência, em que os clubes possam ter voz, não só votos. Que eles desenhem o que é melhor para todos eles. Que as federações coloquem seus nomes na modernidade do futebol brasileiro", declarou Ednaldo, após tomar posse.

A eleição aconteceu em meio a decisão do juiz Henrique Gomes de Barros Teixeira, da 1ª Vara Cível de Maceió, de suspender o pleito a pedido de Gustavo Feijó, então vice-presidente da entidade. A Comissão Eleitoral, no entanto, afirmou que não foi notificada da determinação. A CBF alega que uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro deu aval para a manutenção do pleito.

Ednaldo Rodrigues é o novo Presidente da CBF. O dirigente foi eleito hoje por unanimidade entre os presentes na votação, que contou com participação das federações estaduais e dos clubes da Séries A e B. Ele comandará a Casa do Futebol Brasileiro pelo quadriênio de 2022 a 2026 pic.twitter.com/jUtXZXulpS

? CBF Futebol (@CBF_Futebol) March 23, 2022

Participaram da eleição 39 clubes das Séries A, B e C, além de 26 federações. A Federação Alagoana, cujo presidente é Felipe Feijó, filho de Gustavo Feijó, não compareceu. A definição do novo presidente decorre de um acordo entre a entidade e o Ministério Público do Rio de Janeiro, que contestava as regras eleitorais da CBF e reduziu a cláusula de barreira.

Antes, era necessário ter apoio de oito federações e cinco clubes da Série A para registrar uma chapa. Após a assinatura do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), esse número caiu para quatro federações e quatro clubes. Apesar da mudança, apenas a chapa de Ednaldo Rodrigues foi registrada.

Oposição ativa

O novo presidente não terá um início de mandato fácil. O opositor Gustavo Feijó denunciou Ednaldo na comissão de ética da entidade. Entre as acusações, o ex-vice mandatário alega que houve aumento dos salários dos presidentes das federações estaduais que votaram para elegê-lo nesta quarta. A comissão pediu novos documentos a Feijó para dar sequência à investigação.