CBF se reúne com federações e clubes para debater sobre o fair play financeiro
Entidade reuniu dirigentes do futebol, nesta segunda-feira (11), em hotel no Rio de Janeiro

Jogada 10
A CBF reuniu clubes e federação e debateu, nesta segunda-feira (11), em um hotel no Rio de Janeiro, a implantação do fair play financeiro no futebol brasileiro. Assim, a entidade planeja entregar o projeto oficial dentro de 90 dias e colocá-lo em vigor a partir da temporada de 2026.
“É um dos objetivos que colocamos no nosso compromisso de campanha. Com 78 dias de gestão, tomamos passos importantes para um caminho novo no futebol brasileiro. Assim, queremos criar um sistema sustentável no Brasil, evitar o doping financeiro, reduzir dívidas. Hoje é o pontapé, com essa reunião, para transformarmos o futebol brasileiro. Estou muito feliz”, disse Samir Xaud, presidente da entidade.
De acordo com Ricardo Gluck Paul, um dos vice-presidentes da CBF, todos os clubes da Série A e 13 clubes da Série B aceitaram a implementação do fair play financeiro.
“Basicamente consiste em garantir o relacionamento de pagamentos entre clubes e atletas, clubes e clubes e clubes e governo. Já é realizado com sucesso em outras praças e queremos construir no Brasil. Temos 33 clubes e 10 federações em um movimento histórico. Junto com todas essas pessoas, fazer um modelo que atenda a realidade brasileira”, afirmou.
Sugestões e análise
O CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, sugeriu que a CBF proíba os times que estão devendo outros clubes brasileiros de contratarem novos jogadores. Por outro lado, Samir ressaltou que a entidade irá analisar com calma a medida e conversará com todos os clubes sobre a possibilidade.
“Não vamos tomar nenhuma medida precipitada. Queremos fazer o sistema autossustentável, com pés no chão, para conduzirmos da melhor forma possível”, destacou o presidente da CBF.
“Temos essa missão com o presidente Samir. Temos 90 dias para entregar o projeto final. Já começa em 2026, mas com responsabilidade. Haverá ondas de implementação para chegar à plenitude do programa. Não queremos implementar de uma vez só, há o temor de um colapso. Por nós, isso está afastado. Temos senso de urgência, mas senso de responsabilidade”, frisou Gluck Paul.
“É um primeiro encontro, procuraremos ouvir os clubes e as formas de fair play financeiro que o corpo técnico trouxe para nós. Uma discussão mais firme e aprimorada para colocar em prática o fair play. Não posso cravar datas ou números, depende das discussões que faremos. Quero fazer o mais rápido possível, dentro de uma medida que não coloque em risco o futebol brasileiro”, concluiu Xaud.
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