Cássio registra boletim de ocorrência após sofrer ameaça de morte

O goleiro Cássio, do Corinthians, recebeu ameaças de morte nesta quinta-feira (7). O jogador foi a uma delegacia registrar Boletim de Ocorrência. Em nota oficial, o clube repudiou os ataques e disse também acionou a Polícia.

As ameaças contra a vida de Cássio foram enviadas ao personal trainer da esposa do goleiro pelo Instagram. Nos áudios enviados ao profissional, um usuário identificado como $heik Caçador diz que vai encontrar o jogador caso ele não peça para sair do Corinthians. Em seguida, ele envia a foto de um revólver e balas sobre uma camisa do Alvinegro.

"Ou esse vagabundo pede para sair, ou a coisa vai ficar mais embaixo. Pode mostrar, pode mostrar essa porra. Esse é o recado que "nóis" tá dando", diz o autor das ameaças.

"É questão de tempo. Não sei o que a gente vai fazer, matar eu não sei, mas vamos achar e esculachar. E pode dizer que estamos fechados com o português (o técnico Vítor Pereira), entendeu? Não com vagabundo paneleiro. O recado vale para todos", complementou.

Após tomar conhecimento do ocorrido, o Corinthians decidiu acionar a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE). O clube repudiou o ato e disse esperar punições.

Em um comentário no Instagram, a esposa do goleiro, Janara Sackl, afirmou estar "orando" para que o marido saia do Corinthians. "Orando pra isso, já deu desse bando de torcedor ingrato e sem vergonha", escreveu.

Protestos

A principal torcida organizada do Corinthians divulgou uma nota oficial fazendo cobranças aos jogadores. Por outro lado, o técnico Vítor Pereira e sua comissão foram poupados de críticas. Integrantes da organizada foram ao CT Joaquim Grava nesta quinta-feira (7) e tiveram a entrada autorizada por dirigentes.

Veja na íntegra a nota emitida pelo Corinthians:

"O Sport Club Corinthians Paulista repudia veementemente quaisquer manifestações criminosas de ameaça à integridade física de atletas ? e seus familiares ? da nossa centenária instituição.

A cobrança pacífica à equipe por resultados faz parte da cultura do futebol, porém, quando a vida de qualquer um é colocada em risco, o protesto se torna crime e não pode passar impune.

O Clube já acionou a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) e outros departamentos para tomar todas as medidas cabíveis e assim garantir a segurança de todos os atletas. É lamentável esse tipo de atitude. Isso é crime e deve ter punição."