Os contratos de naming rights seguem em alta no futebol brasileiro. Para a edição de 2025 do Campeonato Brasileiro, pelo menos oito estádios da Série A terão seus nomes vinculados a marcas patrocinadoras. Ao todo, os acordos movimentam mais de R$ 2 bilhões, consolidando o modelo como uma tendência entre clubes, especialmente com o crescimento das Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs).
A prática ganhou força nos últimos anos, mas começou a se desenhar em 2005, quando o Athletico Paranaense fechou acordo com a Kyocera e rebatizou a Arena da Baixada. O verdadeiro impulso, no entanto, veio após a Copa do Mundo de 2014, com a modernização e construção de novas arenas no país.
Até o fim de 2024, 11 contratos de naming rights foram firmados em um intervalo de 15 meses. Na Série A de 2025, os estádios com nomes comercializados são:
Allianz Parque (Palmeiras)
Neo Química Arena (Corinthians)
Morumbis (São Paulo)
Arena MRV (Atlético-MG)
Casa de Apostas Arena Fonte Nova (Bahia)
Arena BRB Mané Garrincha (jogos pontuais)
Vila Belmiro (Santos)
Pacaembu (com previsão de uso a definir)
A nova adição na lista é a Vila Belmiro, que passou a se chamar “Viva Sorte Arena Vila Belmiro” em contrato de 10 anos, com valor de R$ 150 milhões (R$ 15 milhões por ano). Já o Athletico-PR, com a Ligga Arena, está fora da edição atual por disputar a Série B.
O destaque do ano é o Pacaembu. O tradicional estádio paulistano fechou um contrato com o Mercado Livre por R$ 1 bilhão em 30 anos, tornando-se o maior acordo do tipo no Brasil, com valor anual de R$ 33 milhões.
A crescente valorização dos naming rights no país fez com que o Brasileirão superasse a Premier League em 2025. A liga inglesa conta com cinco estádios patrocinados por marcas na temporada atual, número inferior aos oito brasileiros confirmados até agora.
Confira os maiores contratos de naming rights no Brasileirão 2025:
Pacaembu (Mercado Livre) – R$ 1 bilhão por 30 anos (R$ 33 milhões/ano)
Allianz Parque (Allianz) – R$ 300 milhões por 20 anos (R$ 15 milhões/ano)
Neo Química Arena (Hypera Farma) – R$ 300 milhões por 20 anos (R$ 15 milhões/ano)
Vila Belmiro (Viva Sorte) – R$ 150 milhões por 10 anos (R$ 15 milhões/ano)
Morumbis (Mondeléz) – R$ 75 milhões por 3 anos (R$ 25 milhões/ano)
Arena MRV (MRV) – R$ 60 milhões por 10 anos (R$ 6 milhões/ano)
Casa de Apostas Arena Fonte Nova (Casa de Apostas) – R$ 52 milhões por 4 anos (R$ 13 milhões/ano)
Arena BRB Mané Garrincha (BRB) – R$ 7,5 milhões por 3 anos (R$ 2,5 milhões/ano)