Flamengo e Corinthians se enfrentaram na Neo Quimica Arena no jogo de volta da Copa do Brasil, e após um empate em 0 a 0, a equipe de Filipe Luís é finalista. O empate sem gols foi o suficiente para levar o Flamengo até a final, já que na ida, no Maracanã, o Rubro-Negro venceu por 1 a 0. O adversário da final é o Atlético-MG, que bateu o Vasco na outra semifinal.
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Na coletiva, o treinador falou sobre o ponto mais questionado por todos durante a partida, as decisões após a expulsão de Bruno Henrique com apenas 25 minutos a primeira etapa.
“Vivi muitas experiências, já joguei e treinei vários sistemas com um a mais ou um a menos. Nós decidimos muito rápido, já estava previsto que faríamos isso caso isso acontecesse. O time tem que ter uma resposta imediata do treinador para saber o que fazer nesses momentos.”
“Falaria o mesmo se tivéssemos perdido. Penso em todas as possibilidade dentro do jogo. Anoto, me planejo. Nós sempre planejamos, mas nem sempre sai do mesmo jeito que esperávamos. Uma expulsão sempre é prevista. É um possível cenário do jogo”, completou o treinador do Flamengo.
Filipe Luís declarou que o atacante Bruno Henrique era o melhor jogador em campo até a expulsão. O treinador ainda exaltou seus comandados, que mesmo com um a menos suportou a pressão do Corinthians e conquistou a classificação para a final da Copa do Brasil.
“A expulsão foi uma pena porque era o melhor em campo. Estava sendo um perigo constante no lado do Matheuzinho. Atacante e defendendo bem. Perdê-lo e ficar com um a menos é um golpe para equipe, mas tenho um grupo de homens fantásticos e tenho que exaltar o que fizeram hoje, o que se doaram e correram. Mesmo com outro resultado, falaria a mesma a coisa. Conheço o grupo como ninguém e sei a ambição que têm para ganhar. Sou um privilegiado por treinar esse grupo", disse.
Ao ser perguntado sobre a saída de Gabigol, Filipe Luís declarou que sua equipe joga com um camisa 9 em profundidade, que ataque o espaço, e que Gabi tem essa característica. Mas sua saída dele ocorreu pela necessidade de mexer na equipe após a expulsão de Bruno Henrique ainda na primeira etapa.
“Meu time eu jogo com um 9 profundo, que ataca o espaço. O Gabi tem essa função no meu modelo. O Pedro machucado, Carlinhos não pode jogar. Que outro jogador ataca melhor o espaço que o Gabriel? Está no melhor momento dele? Não está. Todos nós sabemos. Não vai se recuperar nunca? Não sei, depende dele. Não tem nada a ver com o jogo que ele estava fazendo. Era uma estratégia para o time. A primeira opção é tirar o atacante e deixar no campo jogadores que podem ser resilientes na parte física. Obviamente que eu precisava deixar o Arrascaeta ali porque ele é meia e cobre mais o campo. Foi uma questão estratégica.”
“Uma estratégia que não vou abrir muito. Meu pensamento era proteger a defesa e entregar a bola para o Corinthians e saber que eles iam ter que criar. Muitas vezes a gente vai pressionar, correr riscos e eles têm jogadores rápidos na frente. A partir desse momento, entregar a bola. A gente sabe dos jogadores, a capacidade do Arrascaeta e Gerson, que não perdem a bola. O Erick fez um jogo extraordinário, perde pouco a bola. São jogadores que conseguem segurar e fazem a equipe avançar. A partir do momento que iam forçar a jogada, a gente teria jogadores que iam tirar o time de trás e eventualmente tentar fazer o gol.”, completou o treinador sobre a estratégia que adotou para conseguir a ida para a final da competição.
Próximos compromissos do Flamengo
O Flamengo volta a campo no próximo sábado (26) pelo Brasileirão, o Rubro-Negro recebe o Juventude no Maracanã e após resultados o resultado da última rodada a equipe agora pensa em se manter no G4. A partida é válida pela 31ª rodada e será às 19h (horário de Brasília).
As finais da Copa do Brasil serão nos dias 3 e 10 de novembro, no entanto o horário ainda não foi definido pela CBF, já os mandos de campo serão definidos por sorteio na sede da CBF na próxima quinta-feira (24), às 15h (horário de Brasília).