20 anos do penta! Relembre a campanha vitoriosa da seleção brasileira em 2002

Há exatamente 20 anos, no dia 30 de junho de 2002, a seleção brasileira vencia a Alemanha por 2 a 0 no estádio Internacional de Yokohama, no Japão, e se sagrava pentacampeã do mundo. A construção do título, porém, veio desde a fase de grupos, da qual foi líder, além de vitórias maiúsculas nas oitavas, quartas e semis. 

No Grupo C do Mundial, o Brasil mediu forças com Turquia, China e Costa Rica. Coincidentemente, a semifinal também seria contra os turcos. Antes, nas oitavas e nas quartas, a Canarinho venceu a Bélgica e a Inglaterra, sempre com maiores destaques a Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho. E na final, a Alemanha não segurou Ronaldo Fenômeno. 

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RELEMBRE A CAMPANHA

1ª rodada do Grupo C - Brasil 2 x 1 Turquia - 03/06/2002

A estreia do Brasil no Mundial foi diante da Turquia. O técnico Felipão escalou a equipe com Marcos; Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Juninho Paulista, Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos; Rivaldo e Ronaldo. 

A seleção saiu atrás no placar com um gol de Hasan Sas no finalzinho do primeiro tempo, aos 47.  O nervosismo da estreia ficou para trás com a virada na segunda etapa: Ronaldo, aos 5, e Rivaldo, de pênalti, aos 42, garantiram os três pontos. 

2ª rodada do Grupo C - Brasil 4 x 0 China - 08/06/2002

Para o segundo jogo, Scolari escalou a mesma formação que marcou época, mas com Anderson Polga no lugar de Edmílson no time titular. Com uma atuação pra lá de tranquila, a seleção aplicou um 4 a 0, com gols de Roberto Carlos (uma bomba, de falta), Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, aos 15, 32 e 45 do primeiro tempo respectivamente; e Ronaldo, aos 10 do segundo tempo. 

3ª rodada do Grupo C - Brasil 5 x 2 Costa Rica - 13/06/2002

Já classificada, a seleção entrou na 3ª rodada brigando pela primeira colocação do Grupo C, diante de uma Costa Rica que somava quatro pontos, frente aos seis do Brasil. Com algumas mudanças no time titular, como Júnior na esquerda e Capetinha no ataque, o time abriu um rápido 3 a 0, viu a Costa Rica encostar, mas reagiu e garantiu o placar elástico. 

Logo aos 10 e aos 13, Ronaldo fez dois gols. Aos 38, Edmílson ampliou com uma linda pucheta de dentro da área. Então veio a reação costarriquenha. Aos 39, Paulo Wanchope descontou, e, aos 11 da segunda etapa, Rónald Gómez ligou o alerta brasileiro. 3 a 2. Mas Rivaldo, aos 17, e Júnior, aos 19, garantiram a liderança, com nove pontos.

Oitavas de final - Brasil 2 x 0 Bélgica - 17/06/2002

Nas oitavas, o Brasil encarou a Bélgica, segunda colocada do Grupo H, que teve Japão na liderança, além de Rússia e Tunísia desclassificadas. Scolari repetiu a escalação da primeira partida, mas a classificação veio no sufoco, com instinto decisivo de Ronaldo e Rivaldo, além de uma decisão polêmica da arbitragem. 

Ainda com o placar zerado, aos 35 da primeira etapa, Marc Wilmots subiu mais que Roque Júnior e cabeceou para o fundo das redes. O árbitro Peter Prendergast, porém, viu um empurrão do atacante no zagueiro, e apitou falta antes mesmo da bola entrar no gol. 

Com um segundo tempo ainda nervoso, Rivaldo e Ronaldo apareceram. Aos 22, o camisa 10 matou a bola no peito, ajeitou de esquerda girando o corpo e fuzilou para as redes de fora da área. Aos 42, Ronaldo, com instinto artilheiro, deu números finais ao jogo e garantiu o Brasil nas quartas. 

Quartas de final - Brasil 2 x 1 Inglaterra - 21/06/2002 

Nas quartas, Kléberson assumiu a vaga de Juninho Paulista, uma opção de Felipão. A Inglaterra foi a segunda colocada do Grupo F, com os mesmos cinco pontos da líder Suécia, e um a mais que os terceiros colocados, os argentinos. Mas o Brasil teve de correr atrás do placar. 

Aos 23 do primeiro tempo, Michael Owen aproveitou uma bobeira do zagueiro Lúcio e colocou os ingleses na frente. 1 a 0. No finalzinho, aos 47, Ronaldinho fez fila e tocou na boa para Rivaldo empatar. O jogo foi ao intervalo em 1 a 1. 

No início da segunda etapa, aos 4, Ronaldinho Gaúcho fez um dos gols mais emblemáticos da história da seleção brasileira. Em uma cobrança de falta de muito longe, o camisa 11 surpreendeu o goleiro inglês com um chute perfeito, no ângulo, para a virada brasileira. Sete minutos depois, o mesmo Gaúcho foi expulso, mas o Brasil conseguiu manter o placar. 

Semifinal - Brasil 1 x 0 Turquia - 26/06/2002

O adversário já era conhecido: a mesma Turquia que classificou na segunda posição do grupo do Brasil, mas agora mais encorpada. Havia deixado Japão e Senegal pelo caminho. No lugar de Gaúcho, Felipão escalou Capetinha e recuou Rivaldo para o meio-campo. 

O primeiro tempo foi difícil, com domínio do Brasil, mas sem gols. A segunda etapa, por outro lado, começou com gol daquele que costumava resolver: Ronaldo. Aos 4, Fenômeno carregou, invadiu a área e, com um chute de bico, surpreendeu o goleiro turco. 1 a 0, placar final. O fim de jogo ainda foi marcado pelo lance em que Denílson, exímio driblador, é perseguido por quatro adversários. 

Final - Brasil 2 x 0 Alemanha - 30/06/2002

Líder do Grupo E, que teve Arábia Saudita, Irlanda e Camarões, a Alemanha também chegou invicta para a grande decisão, deixando para trás Paraguai, Estados Unidos e Coreia do Sul. O Brasil chegou apenas com Kléberson no lugar de Juninho Paulista de diferente em relação à estreia, já que Ronaldinho Gaúcho já havia cumprido suspensão. E a estrela de Ronaldo brilhou mais uma vez. 

Assim como nas semis, o primeiro tempo sem gols foi estudado, mas com ampla vantagem brasileira. Aos 22 do segundo tempo, Ronaldo aproveitou uma falha de Oliver Kahn, que soltou o rebote de um chute de Rivaldo para a área, e não desperdiçou. Brasil em vantagem. 

Aos 34, o gol do título. Kléberson fez boa jogada pela direita e tocou para Rivaldo, que magicamente deu um corta luz para Ronaldo. O artilheiro, então, dominou e finalizou rasteiro, sem chances para o goleiro. 

Com aquele 2 a 0, Cafu levantou a taça de pentacampeão do mundo para o Brasil. De lá para cá, foram 20 anos e quatro Copas sem sucesso. A Copa do Mundo do Catar, em 2022, acontece entre 21 de novembro e 18 de dezembro; e o Brasil está no Grupo G, ao lado de Sérvia, Suíça e Camarões.