Nasser Al-Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain, foi indiciado na França por abuso de poder e cumplicidade na compra de votos. Segundo a “RMC Sport”, a investigação envolve uma disputa de governança no Grupo Lagardère, em 2018.
O empresário é acusado de abuso de poder e quebra de confiança contra Arnaud Lagardère, então responsável pelos negócios do grupo. As autoridades apuram se Al-Khelaifi usou sua influência no fundo de investimentos do Catar para interferir na disputa pelo controle da empresa.
A investigação analisa se ele atuou para que o fundo QIA, principal acionista da QSI, que controla o PSG, mudasse de posição na disputa pelo comando do grupo. Em troca, teria oferecido favorecimentos e compensações financeiras.
O caso resultou no apoio do QIA à Amber Capital e na mudança de postura de Vincent Bolloré, que passou a apoiar Bernard Arnault, presidente da LVMH. Arnault posteriormente adquiriu 25% das ações do Grupo Lagardère.
A imprensa francesa aponta que as investigações irritaram investidores do Catar, que avaliam interromper aportes financeiros. O PSG e a BeIN Sports podem ser afetados.
Al-Khelaifi já foi citado em investigações anteriores, incluindo um processo sobre as candidaturas do Catar aos Mundiais de Atletismo de 2017 e 2019. No entanto, essa acusação foi retirada em 2023.