Presidente do Corinthians é indiciado e pode virar réu por esquema ligado à VaideBet
Augusto Melo e outros três envolvidos aguardam decisão do Ministério Público após inquérito da Polícia Civil de São Paulo sobre suspeita de desvio de verba e ligação com o crime organizado

SBT Sports
22/05/2025 às 21:45 • Atualizado 22/05/2025 às 22:09
A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito sobre o contrato entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet. O presidente do clube, Augusto Melo, foi indiciado por furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Também foram indiciados Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing, e Alex Cassundé, empresário responsável por intermediar o acordo com a patrocinadora. Todos são suspeitos de envolvimento direto no esquema.
A investigação apontou que o Corinthians pagou valores à empresa de Cassundé, que foram repassados a uma firma de fachada. Depois, o dinheiro chegou a contas ligadas ao crime organizado.
O relatório foi elaborado pelo delegado Tiago Fernando Correia, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania. O trabalho teve apoio da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro.
O caso agora está nas mãos do Ministério Público de São Paulo. O órgão decidirá se oferece denúncia contra os quatro investigados.
Se a denúncia for aceita por um juiz, os indiciados virarão réus e passarão a responder criminalmente. Cada um poderá apresentar sua defesa no processo.
Apesar da gravidade das acusações, Augusto Melo afirmou que não pretende renunciar. Ele foi eleito presidente do Corinthians no fim de 2023.
Além da investigação, Melo enfrenta pressão política dentro do clube. O Conselho Deliberativo votará seu impeachment na próxima segunda-feira (26), às 18h, no Parque São Jorge.