O empresário do ponta e lateral-esquerdo Caio Paulista, Eduardo Uram, contou nesta segunda-feira (25), com exclusividade ao jornalista Venê Casagrande, do SBT Sports Rio, que a diretoria do São Paulo dificultou a negociação com o Fluminense pela compra do atleta. Neste momento, ele estaria fora dos planos do Tricolor e em negociação com o rival Palmeiras.
"Nao é do jeito que está sendo divulgado. Desde julho já havia sido viabilizado junto ao Fluminense um modelo de pagamento que atendia ao que o São Paulo desejava. Mas o São Paulo nunca progrediu, nunca confirmou que faria do jeito que havia sido renegociado com o Fluminense.
A nossa sensação era que o São Paulo não queria comprar Caio Paulista. O São Paulo adotou uma estratégia de frieza e de levar o assunto ao limite, tentou envolver discussão de créditos antigos e até troca de jogadores, o que complicou demais um novo acordo. O contrato (entre os clubes) claramente previa como condição para o exercício da compra, o pagamento à vista do valor estipulado".
O contrato de empréstimo entre Fluminense e São Paulo previa opção de compra por parte do Tricolor até o dia 15 de dezembro. O negócio, porém, não foi feito até a data limite, e ele voltaria ao time carioca, com quem tem contrato até o fim de 2026.
"Apenas no finalzinho do dia limite, enviaram ao Flu um e-mail, o que todos sabiam que não bastava para realizar o exercício da compra. Este e-mail dizia que a própria diretoria do São Paulo ainda estava estudando condições de pagamento. E o mais importante, em relação ao contrato do Caio, nunca atenderam as demandas para o novo termo, que eram justas.
O São Paulo só voltou a nos procurar dias após o 15 de dezembro (data limite para exercer a opção de compra), e nessa altura o nosso entendimento junto com o Caio era de que após cinco meses de conversas, os esforços vinham apenas do nosso lado. Então, com essa incerteza, Caio nos pediu para escutar o mercado. O próprio São Paulo reconhece que conduziu a negociação de forma extremamente dura, mas acredito que visualizaram o tema como se fosse um jogador que não teria outra opção", completou.
O empresário entende que a negativa entre as partes interessadas é um dos efeitos possíveis da forma com que o São Paulo tratou a negociação.
"Esticar a corda, e levar ao limite uma negociação é uma decisão válida, mas pode dar ou nao dar certo. Isto eu não posso criticar. Eleger outras prioridades para gastar o mesmo dinheiro também é legítimo. O mercado tem outros laterais, e pode ser que tinham algum mapeado e sem investimento a ser feito. Também é legítimo. O que não é justo é a terceirização das culpas. Induzir a opinião pública de que o jogador e o seu empresário são 'isso ou aquilo'. Este tipo de coisa não reflete em nada o que aconteceu".
Em relação às tratativas com o Palmeiras - fato que gerou má repercussão no elenco e na torcida do São Paulo -, o empresário evitou dar detalhe a Venê Casagrande.
"Estou apenas relatando a saída do São Paulo e não o próximo passo do jogador na carreira. Me disponibilizei a falar apenas sobre a saída do Caio Paulista do São Paulo e esclarecer as narrativas que estavam sendo publicadas", finalizou.