Defesa irregular faz Palmeiras ligar o alerta e projetar reforços para 2026

O sistema defensivo do Palmeiras encerrou a temporada de 2025 cercado por questionamentos internos e externos. Ao longo do ano, a equipe alternou bons momentos com falhas recorrentes, cenário que transformou o setor em uma das principais preocupações da comissão técnica no planejamento para 2026.

A base da zaga seguiu sustentada por Gustavo Gómez e Murilo, dupla considerada titular absoluta sempre que esteve à disposição. Para ampliar as opções, o clube buscou reforços no início da temporada e contratou Micael e Bruno Fuchs. O primeiro chegou a ganhar espaço nos meses iniciais, com atuações seguras, mas perdeu rendimento de forma abrupta e terminou o ano em baixa, fora dos planos para a sequência do projeto.

Bruno Fuchs, por sua vez, teve trajetória oposta. Envolvido na negociação que levou Caio Paulista ao Atlético-MG, o defensor cresceu ao longo da temporada, conquistou a confiança de Abel Ferreira e fechou 2025 como uma das surpresas positivas do elenco. Em vários momentos, atuou inclusive como primeiro volante, função que desempenhou com regularidade.

O Palmeiras já exerceu a opção de compra por Fuchs e trabalha para que, em 2026, ele dispute diretamente uma vaga na zaga. Paralelamente, a diretoria avalia a contratação de um novo camisa 5, já que Aníbal Moreno deixou o clube, o que pode devolver o defensor à sua posição de origem com mais frequência.

Com a provável saída de Micael, o Verdão também se movimenta no mercado em busca de um zagueiro experiente, capaz de elevar o nível de competitividade do setor e oferecer alternativas imediatas à comissão técnica.

Laterais seguem no radar, mas sem mudanças profundas

Nas laterais, a tendência é de continuidade. Pela direita, Khellven e Giay encerraram o ano sem grande prestígio, após atuações irregulares que geraram críticas da torcida. Ainda assim, não há previsão de mudanças imediatas, e Khellven aparece, neste momento, como favorito para iniciar a próxima temporada como titular.

Do lado esquerdo, o cenário é mais estável. Piquerez segue como dono da posição e não teve sua titularidade ameaçada ao longo do ano. Jefté permaneceu como opção no elenco, sem alterar o status do uruguaio, que renovou contrato em 2025 e tem vínculo até 2030.

Números ligam o sinal de alerta

Os dados reforçam a preocupação no Allianz Parque. Em 2025, o Palmeiras sofreu 61 gols em 76 partidas, registrando a segunda pior média defensiva desde a chegada de Abel Ferreira. O desempenho só ficou atrás da temporada de 2024, quando o time foi vazado 56 vezes em 67 jogos.

Diante desse cenário, o clube entende que ajustes pontuais são necessários para devolver maior equilíbrio à equipe e retomar a solidez defensiva que marcou os anos mais vitoriosos da era Abel.

Um dos alvos monitorados pela diretoria é o zagueiro Nino. O defensor entrou no radar do Verdão, mas o Zenit, da Rússia, detentor de seus direitos, faz jogo duro para liberar o atleta.