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CEO do Grêmio diz que Flamengo quer “Brasileirão à la Bundesliga”

Dirigente gremista cobra união dos clubes da Libra e defende nova divisão de receitas para evitar domínio de um só time

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CEO do Grêmio diz que Flamengo quer “Brasileirão à la Bundesliga”
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CEO do Grêmio, André Leitão fez duras críticas à postura do Flamengo dentro da Libra e ao atual modelo de divisão de receitas do futebol brasileiro. Em entrevista ao portal GZH, o dirigente afirmou que o Rubro-Negro trabalha para transformar o Campeonato Brasileiro em uma espécie de “Bundesliga”, com amplo domínio de um único clube, e cobrou maior união dos demais integrantes do bloco para evitar esse cenário.

“No meu entendimento, o que o presidente do Flamengo quer é que o Brasileirão se transforme em uma Bundesliga, onde o Flamengo seja o Bayern de Munique. De cada 10 campeonatos, ele vai ganhar nove. Isso é o que ele quer e é legítimo. Agora, os outros 19 clubes precisam se juntar e impedir que isso aconteça”, afirmou Leitão.

Para o dirigente gremista, a chave para manter o equilíbrio competitivo passa diretamente pelo modelo de distribuição dos direitos de transmissão. Segundo ele, as diferenças financeiras entre os clubes não podem se aprofundar ainda mais.

“O que a gente precisa fazer para que o Campeonato Brasileiro não se transforme em uma Bundesliga é diminuir as diferenças. A distribuição desses direitos precisa ser um pouco mais consciente para todos os clubes. Isso é um trabalho de força política, de discussão sobre o que queremos no futuro do futebol brasileiro”, completou.

 
Presidente e diretor do Flamengo com o troféu da Libertadores – Foto: Adriano Fontes/Flamengo

O imbróglio na Justiça

A fala de Leitão ocorre em meio à disputa judicial envolvendo o Flamengo e a Libra. Em setembro, o clube carioca conseguiu bloquear R$ 83 milhões referentes aos direitos de transmissão devidos aos clubes do bloco. A situação mudou em novembro, quando a desembargadora Lucia Helena dos Passos, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, liberou a maior parte do valor, mantendo retidos apenas R$ 17 milhões, quantia considerada sob disputa.

Clubes da Libra e divergências internas

A Libra é formada por Flamengo, Palmeiras, Bragantino, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Vitória, Remo, Paysandu, Volta Redonda, ABC, Guarani, Sampaio Corrêa e Brusque. As divergências internas se intensificaram nos últimos meses, com trocas públicas de críticas entre Luiz Eduardo Baptista, o Bap, presidente do Flamengo, e Leila Pereira, presidente do Palmeiras.

Leitão, por sua vez, defende a criação de uma liga única no país, inspirada em modelos consolidados do esporte internacional.

“Vou trabalhar dentro das minhas possibilidades para que a gente tenha uma liga unificada, com os clubes vendendo juntos seus direitos comerciais. Existe dinheiro na mesa que estamos perdendo hoje com dois blocos separados. Venho de experiências de liga nos Estados Unidos, como a NFL e a MLS, que seguem um modelo de governança forte. Esse, na minha visão, é o melhor caminho para o futebol brasileiro”, concluiu.

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