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Bruno Henrique, do Flamengo, é suspenso em caso de manipulação

Atacante foi condenado no STJD nesta quinta, não poderá atuar por 12 partidas e também terá de pagar multa de R$ 60 mil. Cabe recurso

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Bruno Henrique, do Flamengo, é suspenso em caso de manipulação
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O caso de Bruno Henrique, enfim, foi definido após julgamento de mais de oito horas. O atacante do Flamengo foi suspenso por 12 jogos. Ele foi denunciado por forçar um cartão amarelo para beneficiar apostadores em 2023, em um jogo contra o Santos, no Mané Garrincha, pelo Brasileirão. A decisão, aliás, cabe recurso.

Bruno Henrique não esteve na sede do STJD, mas entrou na audiência por videoconferência. Ele fez um breve pronunciamento e se declarou inocente. O advogado Alexandre Vitorino foi o representante do atacante. Advogados do Flamengo também estiveram presentes: Michel Assef Filho e Flavio Willeman (vice-presidente do clube).

A Procuradoria também denunciou mais quatro atletas amadores. Três deles compareceram na audiência de forma virtual: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos. Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno, foi representado por um advogado.

O Flamengo indicou que deve entrar com recurso. Nesse caso, Bruno Henrique será julgado no pleno do STJD. Enquanto o recurso não é julgado, o clube vai pedir o efeito suspensivo.

O que aconteceu no julgamento

Antes de iniciar o julgamento, em carta ao STJD, o Flamengo afirmou que não foi prejudicado pelo cartão do atacante na partida. O clube, aliás, engrossou o coro de que o caso estava prescrito. Quase convenceu a maioria. No entanto, por 3 a 2, o caso continuou em julgamento.

Posteriormente, o advogado Michel Assef Filho bateu na tecla de que o cartão amarelo não influenciou na colocação final do time no campeonato. Além disso, afirmou que Bruno Henrique poderia tomar amarelo naquela partida não é informação privilegiada. Se levasse o jogador levasse amarelo, Bruno Henrique ficaria suspenso contra o Fortaleza e voltaria diante do Palmeiras.

A defesa do Flamengo trabalhou em dobradinha com o advogado contratado por Bruno Henrique, Alexandre Vitorino. Os dois, portanto, pediram absolvição de Bruno Henrique.

Alegações do advogado do Flamengo

A defesa se abraçou no artigo 243. Nele, diz que o ato precisa ser deliberado, ou seja, feito de propósito. No caso do jogador que recebeu o cartão amarelo, a acusação de prejuízo se baseou na ideia de que o Flamengo poderia ser prejudicado em um critério de desempate por cartões amarelos no final do campeonato.

No entanto, de acordo com a defesa de Bruno Henrique, essa suposição não se concretiza, porque o time que estava acima do Flamengo era o Atlético-MG. O critério de desempate que de fato separou os dois times foi o saldo de gols, e não o número de cartões. Além disso, abordou que desempate por cartões amarelos nunca foi necessário em toda a história do Campeonato Brasileiro de pontos corridos.

Clima esquentou nas primeira horas

No início do julgamento, os advogados do Flamengo e do jogador tentaram fazer com que o processo não fosse adiante. Eles entenderam que o prazo para levar Bruno Henrique a julgamento prescreveu. A partir daí, começou uma queda de braço jurídica na tribuna.

De acordo com a regra do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a procuradoria tem até 60 dias para oferecer uma denúncia sobre um fato específico. No entanto, o debate foi sobre qual seria o ponto de partida. Os advogados do jogador e Flamengo seria o dia do jogo (1/11/2023) ou a abertuera do inquérito que aconteceu em 5 de maio.

A votação foi apertada. 3 a 2. Inclusive, o presidente da comissão disciplinar, Marcelo Rocha, foi um dos votos vencidos, ao lado de Guilherme Martorelli. Rocha foi incisivo para defender seu ponto de vista, mas não conseguiu mudar a ideia dos três que votaram contra a prescrição (e, portanto, para continuar o julgamento).

Bruno Henrique é alvo na Justiça

Bruno Henrique também virou réu na Justiça Comum, com base nas investigações realizadas pela Polícia Federal. Ele será julgado no Distrito Federal pelo artigo 200 da Lei Geral do Esporte, com pena prevista de dois a seis anos de prisão, caso seja considerado culpado.

O atacante foi denunciado pelo Ministério Público do DF junto ao irmão e outras sete pessoas. As investigações apontaram que, em uma conversa com Wander, o atacante do Flamengo contou que iria receber o terceiro cartão amarelo, para cumprir suspensão na partida seguinte.  O aumento nas apostas de cartão amarelo para Bruno Henrique, afinal, chamou a atenção das casas de apostas, que acionaram a Polícia Federal.

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