A Seleção Brasileira Feminina de Futebol fez história ao vencer os Estados Unidos por 2 a 1, de virada, em pleno PayPal Park, em San José, na Califórnia. A vitória emocionante, com gol nos acréscimos, encerrou um jejum de mais de dez anos sem triunfos sobre as norte-americanas — e foi a primeira conquistada na casa das rivais.
Logo no primeiro minuto de jogo, Catarina Macário, maranhense naturalizada americana, aproveitou falha da defesa brasileira e abriu o placar para os EUA. Mas a resposta veio ainda no primeiro tempo: aos 23 minutos, Gio Garbelini fez bela jogada e rolou para Kerolin acertar um chute colocado, empatando a partida.
O segundo tempo foi de domínio brasileiro. A equipe comandada por Arthur Elias manteve a pressão com marcação alta e criou boas oportunidades com Gabi Portilho, Luany, Kerolin e Gio Garbelini, mas faltava capricho nas finalizações. Já nos acréscimos, o técnico promoveu a entrada de Amanda Gutierres e Jheniffer — mudanças que mudariam o destino da partida. Em um contra-ataque veloz, Jheniffer tocou para Luany, que cruzou na medida para Amanda marcar o gol da virada aos 49 minutos do segundo tempo, apenas dois minutos após entrar em campo.
O resultado é marcante por diversos motivos: é apenas a quinta vitória do Brasil sobre os EUA em 44 confrontos (com 34 derrotas e cinco empates) e apenas a segunda sem a presença da craque Marta em campo. A última vitória havia sido em 2014, no Torneio de Brasília, com um hat-trick da camisa 10. Desde então, as americanas haviam vencido nove partidas consecutivas contra as brasileiras, incluindo finais da Copa Ouro da Concacaf e dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024.
Mais do que quebrar uma escrita, a vitória simboliza uma nova fase para a Seleção Feminina, que mostrou maturidade, ousadia e um poder de reação digno de quem quer escrever novos capítulos na história do futebol mundial.
