Augusto Melo reconhece derrota política no Corinthians: "Saio de cabeça erguida"
Em tom de despedida, presidente concede coletiva antes da decisão sobre seu impeachment

SBT Sports
26/05/2025 às 19:30 • Atualizado 26/05/2025 às 19:41
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, admitiu derrota política e concedeu uma entrevista coletiva em tom de despedida na noite desta segunda-feira (26). As declarações ocorreram momentos antes do anúncio oficial do resultado da votação sobre seu processo de impeachment.
"Saio de cabeça erguida. Se estamos fazendo algo bom para o Corinthians, o que estamos fazendo de errado? O seu dever, torcedor, é também cobrar. Cobrem a abertura das contas. Por que vocês acham que queriam me tirar daqui às pressas? O torcedor agora tem a chance de exigir transparência. Façam isso pelo bem do Corinthians. Obrigado, até breve", declarou Augusto Melo.
Apesar do tom melancólico, Augusto negou estar renunciando ao cargo e afirmou que continuará lutando para permanecer na presidência: "Não é renúncia, ao contrário. Não vou participar dessa palhaçada. Não estou renunciando, vou brigar para continuar aqui. Vai ter a votação, eles são maioria, não tenho dúvida de que a votação vai passar. Depois disso, há 60 dias para a assembleia geral, e vamos brigar pelo Corinthians. Tudo o que fiz foi pelo clube. Estou muito confiante no meu time, acabei de falar com o Dorival. Saio daqui também deixando o ingresso congelado."
O dirigente também citou feitos de sua gestão e fez um balanço positivo do seu período à frente do clube:
"Saio do Corinthians neste momento, por enquanto, com os salários em dia há sete meses e com um planejamento anual que tinha tudo para dar certo. Deixo um contrato com a Multipark no qual o Corinthians se tornaria sócio. Também deixo pronto o contrato do novo centro de treinamento, incluindo o alojamento da base", afirmou.
Augusto também alegou ter mantido uma gestão financeira responsável durante seu mandato:
"Somos o único clube da Série A que não gastou um real neste ano. Deixo o time em oitavo lugar no Brasileirão; quando cheguei, havia atrasos. São sete meses de salários em dia. Saio com superávit. Missão cumprida", concluiu.