Ministério Público denuncia ex-presidente do Corinthians por uso indevido de cartão corporativo
Andrés Sanchez foi denunciado pelo MP-SP por apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário

Nesta quarta-feira (15) o Ministério Público denunciou o o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez e do gerente financeiro do clube Roberto Gavioli, por uso indevido do cartão corporativo do clube.
A denúncia do MP no ex-presidente do Corinthians se baseia especificamente em três crimes: apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário. Gavioli, por sua vez, se livrou apenas do crime tributário.
Segundo o promotor do caso, Cassio Conserino, os gastos irregulares entre o período de 2018 a 2021 chegam ao valor de R$480 mil, atualizados pela inflação e com juros.
“O cartão empresarial, não da pessoa física, de nenhum dirigente, foi utilizado como se fosse privado. Houve uma inversão da propriedade e um dos denunciados, o ex-presidente, passou a dispor desse cartão como se proprietário fosse e fez inúmeras compras particulares. Não digo uma, eu digo inúmeras compras particulares”, disse o promotor entrevista coletiva no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.
“Não é necessário muito escrutínio para saber que um cartão corporativo não é utilizado numa drogaria, numa clínica laboratorial, no hospital de ponta, em duty free. Esse dinheiro é da entidade esportiva Corinthians e não daquele que momentaneamente ocupa o cargo de presidente, até porque o estatuto previu a não remuneração de qualquer dirigente que ali esteja”, finalizou Cassio.
Os gastos registrados no cartão corportativo do Corinthians contam com a compra de dois relógios de luxo, compra de roupas e despesas em Fernando de Noronha e na Praia de Pipa.
Andrés Sanchez e Roberto Gavioli ainda não se tornaram réus no caso. Isto porque a Justiça ainda precisa aceitar ou não a denúncia feita pelo Ministério Público. Caso isso aconteça, se dá início a uma ação judicial contra Sanchez e Gavioli. A denúncia pede que a Justiça cobre os R$480 mil de ambos. Além disso, o pagamento de indenizações por danos materiais e morais equivalentes a 75% do dano financeiro causado aos cofres do clube.
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